No inicio eu queria criar coisas inovadoras, sabe aquele tipo de coisa você olha e diz “uau nunca vi isto antes” e que são coisas realmente fascinantes naquele lampejo de momento.
Talvez meu maior arrependimento foi ter gasto dois terços da minha carreira em uma busca injustificável, para poder batizar tudo de criava de criativo, era satisfatório os tapinhas nas costas e ouvir “uau que criativo”. Sem perceber tornei este adjetivo no destino final de tudo que criava. Felizmente com o passar do tempo o destino final se mostrou nada mais que um caminho para algo que era mais gratificante que chamo de “criar coisas boas”. A revolução agora não era mais objetivo final, ela não tomava os holofotes, mas apenas possuía um papel secundário que lhe cabia atuar quando e se necessário.
Assim como em a pietá de michelangelo não havia revolução pela técnica, pelo material, nem ao tema iconográfico e sim pela capacidade de michelangelo de se imprimir em seus atos